O Shiatsu é uma técnica de massagem japonesa conhecida por seus benefícios no alívio de tensões, dores e estresse, além de promover o equilíbrio energético do corpo. No entanto, por se tratar de uma terapia que atua diretamente sobre pontos específicos e profundos do corpo, ela não é indicada para todos. Em algumas condições de saúde, o Shiatsu pode ser contra-indicado, pois a pressão nos meridianos e nos pontos de energia pode causar efeitos indesejados. Conheça as situações em que o Shiatsu não é recomendado e entenda por que é importante considerar essas limitações.
1. Gestantes nos primeiros meses de gravidez
Durante os primeiros meses de gestação, o corpo da mulher passa por inúmeras mudanças hormonais e estruturais, e certas pressões realizadas em pontos específicos podem induzir contrações uterinas. Embora o Shiatsu possa ser benéfico para gestantes em estágios avançados, ajudando no alívio das dores nas costas e no quadril, nos primeiros meses a prática é contra-indicada. Caso a gestante deseje fazer Shiatsu após esse período, é importante consultar o médico e buscar um terapeuta especializado em gestação.
2. Pessoas com problemas cardíacos graves
Pessoas com condições cardíacas graves, como insuficiência cardíaca, hipertensão severa ou arritmias, devem evitar o Shiatsu, pois a pressão em determinados pontos pode alterar a circulação sanguínea e aumentar a carga sobre o coração. Nessas condições, o organismo é sensível a estímulos externos, e o Shiatsu pode induzir variações de pressão e frequência cardíaca que comprometem a estabilidade do quadro. Para esses casos, técnicas de massagem mais leves e relaxantes, sempre com orientação médica, podem ser opções seguras.
3. Indivíduos com osteoporose avançada
O Shiatsu aplica pressão nos músculos e articulações, e em pessoas com osteoporose avançada ou fragilidade óssea acentuada, essa pressão pode causar fraturas ou lesões nas articulações. Pacientes com ossos enfraquecidos podem optar por técnicas mais suaves que evitam pressões profundas e mantêm a segurança durante o relaxamento muscular.
4. Pacientes com doenças infecciosas ou febre
Durante episódios de febre ou doenças infecciosas, o corpo está combatendo agentes patológicos e pode estar inflamado ou enfraquecido. Receber Shiatsu nessas condições pode sobrecarregar o sistema imunológico e, ao invés de promover o alívio, pode intensificar o desgaste físico. Nesse caso, o ideal é esperar a recuperação total da febre ou infecção antes de considerar uma sessão.
5. Pessoas com câncer em tratamento ativo
Durante o tratamento do câncer, principalmente em casos onde o paciente está realizando quimioterapia ou radioterapia, o Shiatsu pode ser contra-indicado devido à intensidade da pressão sobre o corpo. Como o sistema imunológico está fragilizado, o Shiatsu pode gerar reações adversas. Em algumas situações, terapias complementares podem ajudar a reduzir desconfortos, mas sempre com o aval e supervisão do oncologista.
6. Indivíduos com varizes graves ou trombose
Quem tem varizes pronunciadas, especialmente nas pernas, ou sofre de trombose, deve evitar o Shiatsu. A pressão nos pontos de meridianos pode agravar as varizes ou, em casos mais graves, provocar o deslocamento de um coágulo em pacientes com trombose, o que representa um risco grave à saúde. Nestes casos, a drenagem linfática leve, sempre sob orientação médica, pode ser uma opção alternativa.
7. Pessoas com lesões recentes ou inflamações agudas
Lesões como entorses, contusões ou inflamações musculares agudas também contra-indicam o Shiatsu. Em áreas inflamadas, a pressão pode aumentar o desconforto e prolongar o processo de cura. Nesses casos, é melhor aguardar a recuperação completa da lesão ou optar por técnicas específicas de recuperação muscular, com o devido acompanhamento de profissionais.
8. Pessoas com problemas neurológicos ou psicossomáticos graves
Para pessoas com condições neurológicas ou psicossomáticas complexas, como esquizofrenia, epilepsia descontrolada ou outros distúrbios que afetam o sistema nervoso central, o Shiatsu pode não ser indicado. Como o Shiatsu influencia o fluxo energético, ele pode interferir no equilíbrio de neurotransmissores e afetar o estado emocional de quem está com o quadro clínico mais sensível. Para esses casos, outras abordagens terapêuticas mais controladas são mais recomendadas.
Avaliação com um profissional de saúde: essencial para segurança
Antes de iniciar qualquer terapia, inclusive o Shiatsu, é fundamental conversar com um médico ou terapeuta especializado que entenda seu histórico de saúde. Essa prática garante que o Shiatsu seja realizado com segurança e proporciona todos os seus benefícios sem riscos. O autoconhecimento do corpo e das suas limitações permite aproveitar ao máximo as terapias de forma segura e eficaz, promovendo um bem-estar profundo e duradouro.